Sobre

CHAMA é uma experiência dedicada às poéticas da diáspora negrodescendente / afroameríndia / ameafricana e suas expressões por meio sonoros, celebrativos, sensoriais, visuais, escritos e afins. Criamos, mapeamos, articulamos e circulamos processos criativos e sensibilidades cotidianas de quem experimenta essas interações.

O objetivo é abrir uma conversa sobre como as poéticas da diáspora migraram para diversos lugares do mundo e encaminharam seus códigos por meio das diversas expressões criativas dos povos sobreviventes ao tráfico escravagista. No caso do CHAMA, as práticas criativas dialogam com as sensibilidades cotidianas, evocando laços com os lugares de criação, fortalecimento e retroalimentação das linguagens que usam a sensorialidade, a percepção, o corpo, a oralidade e as narrativas como vias, sem forçar processos coloniais de tradução.

Assim, a poesia e a música – em suas variadas formas de expressão ao longo da diáspora – encontram o caminho dos sistemas de som, de DJs, das rádios experimentais/comunitárias, dos saraus, dos grupos, nas construções de instrumentos, vestimentas, na organização das celebrações e festejos, na organização visual e sensível dos espaços que recebem nossas vivências, produzindo, a cada migração, novos campos sensoriais para os corpos. Vivências em diversas línguas e linguagens, que desafiam as estratégias de efetivação de um padrão universal, e propõem respostas cada vez mais complexas às nossas existências.

As vivências vêm ocorrendo em diversos fluxos desde 2019 e já foram realizadas presencialmente nas cidades de Recife e Rio de Janeiro (Brasil) e em Londres (UK). Online outras colaborações ocorreram a partir de Porto Alegre e Maranhão (Brasil). Nelas, artistes (em sua maioria mulheres e corpos fluidos – com quem a vivência dialoga de forma mais direta) estiveram juntes construindo respostas possíveis para as questões compartilhadas.

Para conhecer mais as vivências/experiências acessem cada um dos fluxos